Escolhas… sim ou não?

Como é que estão todos?

Hoje quero falar sobre Escolhas e o poder do Não.

Alguns já estão “eu até desvio o assunto ou aceito, só para não me stressar”

Pois, é difícil.

Hoje de manhã, um dos gêmeos perguntou-me “posso usar um calção da roupa suja?”, que já estava também a cheirar mal, mas eles agora só querem usar uniformes de futebol 24/7.

Eu eu Ahm? Tas-te a passar! Não tens mais roupas? Queres mesmo só andar com roupa suja e malcheirosa como se estivesses a pagar promessa a alguém.

Dei-lhe um não bem grande e ele ficou a olhar para mim com ar de estupefato, eu chamei-o de volta a realidade e disse “vai vestir”.

Agora aqui sentada, pus-me a pensar sobre isso e lembrei-me que as minhas amigas mais próximas as vezes gozam com a minha capacidade de dizer não.

Mas o que quero eu dizer-vos com esta ladainha toda?

Pessoal, todos os nossos dias são escolhas.

O simples ato de levantar da cama ou continuar a dormir, é uma escolha. Um SIM ou um NÃO.

A única coisa que não temos o poder de decisão, é se morremos ou vivemos.

Já pararam para pensar quantas tristezas e decepções teriam evitado nas vossas vidas se tivessem dito Não?

Àquele parente que veio para 2 dias, mas já não sai da tua casa. 

A prima que estragou os sapatos que emprestaste mesmo sabendo que ela não iria cuidar.

O filho que não passou no teste porque ficou até tarde no tchillo com os amigos, e não estudou o suficiente ou não descansou o suficiente.

O patrão que te explorou com horas extras, mas não pensou 2x em te demitir sem justa causa.

O namorado que hoje brincou de dar chapadinha no rosto.

São tantas situações possíveis, que nem que eu quisesse conseguiria descrevê-las todas.

Podes escolher, a partir de hoje, dizer não. Sem muitas voltas. 

Não, eu não quero.

Não, eu não gosto.

Não, eu não posso.

Não, eu não vou.

Eu entendo que dizer não por vezes assusta, o medo da reação do outro nos paralisa física, psicologicamente e/ou até espiritualmente. Mas estarás a estabelecer limites que te livrarão de situações piores e talvez permanentes.

Ninguém é tão importante que não possa receber um não.

Se quiseres explica-te, sim porque não? 

Eu não quero porque não gosto de dormir tarde, por exemplo.

Não brinques assim comigo porque sinto-me violentada, e hoje é uma brincadeira, mas amanhã pode ser algo maior.

Cabe a nós enquanto donos do nosso corpo e da nossa vida, estabelecer limites às pessoas. Definir até que ponto vai a nossa intimidade, a boa vontade, as brincadeiras e por aí a fora.

Estejam sempre no comando.

Lembrem-se que a vida é uma só, não temos a oportunidade de vir, fazer test-drive e voltar depois com mais experiência.

Escolham sempre o que vos traz paz.

Digam-me nos comentários como se sentem em relação a isto.

Beijos da baixinha